O que você pode usar e fazer

A C. Aeneus, também chamada C. Bronze é talvez o peixe-gato que mais vezes vemos no comércio aquariófilo. São originárias de pequenos cursos de água e lagos de água lamacentas um pouco por toda a América do Sul. São muito pacíficos e ativos, e como são peixes de fundo, ajudam a manter o aquário limpo, comendo os restos de alimentos (não os detritos) que se afundam no aquário. Existe uma variedade de corpo mais alongado desta Corydora, a C. aeneus Schultzi. Apreciam águas neutras ou ligeiramente alcalinas, e com um DH de 10, dado que necessitam de cálcio para o seu perfeito desenvolvimento. São nativas de águas com baixo teor de Oxigênio e tem uma forma de respiração adicional, que se processa ao nível do intestino (é freqüente vermos as Corydoras virem rapidamente a superfície absorver uma golfada de ar). Estes peixes tem dois pares de barbilhos que são órgãos tácteis e servem essencialmente para ajudar na busca de alimento e de abrigos seguros, e também desempenham um papel no processo reprodutivo, como adiante veremos. A reprodução deste peixe está perfeitamente ao alcance do aquariófilo amador. Para tal, como é obvio, o primeiro passo é possuir bons reprodutores, adultos (c/ um mínimo de 4 cm de comprimento) e bem adaptados. Este acondicionamento deve ser feito separando os sexos. Quando os machos tem uma coloração bronze brilhante e a fêmea tem o ventre arredondado, juntam-se (o nr ideal é 2 machos e uma fêmea) num aquário com uma capacidade mínima de 40 litros, só com areia ou areão e algumas plantas de folhas larga (amazonense, anubia, etc.). A água deve ser neutra e dura, a temperatura deve rondar os 26 – 28º.C de dia, baixando este valor 3 a 49 a noite. Esta variação não é estritamente necessária mas favorece uma melhor e mais rápida desova. Durante 2 a 4 dias haverá uma grande movimentação por parte dos machos, que não cessam de cortejar a fêmea acariciando-a com os barbilhos. Quando ela esta pronta para a desova, começa a limpar uma pequena área (geralmente vidro ou uma folha). Enquanto a fêmea procede a esta operação, o macho vira-se de lado sobre o fundo do aquário, em seguida, a fêmea aproxima-se e junta a sua boca ao ventre do macho para assim receber o sêmen que mantém na cavidade bucal durante algum tempo. Durante esta união, o macho toca nos barbilhos da fêmea com as barbatanas peitorais, o que a estimula a por 5 a 7 ovos dentro de uma "bolsa" formada pela união das duas barbatanas peitorais. Seguidamente, nada até o local previamente escolhido e toca-lhe com a boca, depositando ai o sêmen anteriormente recolhido, e depois os ovos que transportava entre as barbatanas peitorais. Este procedimento continua até que cerca de 150 ovos se encontram espalhados um pouco por todo o aquário. Não existe qualquer tipo de animosidade entre machos participando ambos da mesma desova, alternadamente. Depois da desova, os participantes mostram-se ofegantes e estáticos. Devem ser retirados do aquário de desova, caso contrario, passadas algumas horas comerão os seus ovos. A eclosão dá-se 3 a 5 dias após a desova (depende da temperatura), e os alevinos nadam imediatamente para o fundo, onde ficam imóveis durante 24 horas a reabsorver o saco vitelino. Após este tempo, devem ser alimentados com infusórios ou comida seca finamente pulverizada. Com uma semana de vida, já podem comer artêmia salina recém nascida. 0 crescimento é bastante lento; só começarão a parecer-se com os pais com um mês de idade, tendo uma coloração transparente acinzentado até essa altura. Atingem a maturidade sexual com 18 a 24 meses.