Proibido pela legislação brasileira, o esporte de caça a animais praticada por falcões é o principal motivo da criação em outros países. Sem regulamentação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis) para a falcoaria, os criadores brasileiros têm a atividade como um hobby, fazendo simulações, e para atender ao mercado de pet – animal de estimação.
Com autorização do Ibama, a ABFPAR (Associação Brasileira de Falcoeiros e Preservação de Aves de Rapina) utiliza as técnicas da falcoaria para realizar trabalhos de reabilitação de aves de rapina oriundas do Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres), zoológicos e Polícia Ambiental. Outra atividade que se vale das habilidades do pássaro é o controle de pragas urbanas e rurais, indicando um comércio em potencial para quem se dedica ao manejo. Trata-se de uma alternativa eficiente, por exemplo, no combate a infestações de pombos em silos e armazéns, espantando os invasores sem matá-los.
O treinamento do pássaro, no entanto, exige paciência. Inicia-se com o amansamento e o convívio doméstico do falcão, seguido de repetidos exercícios de voo livre, partindo e retornando para o braço do treinador.
Os falcões legítimos pertencem ao gênero Falco, destacando-se pelas características físicas particulares: olhos castanho-escuros e narinas arredondadas, com formação interior que permite à ave respirar mesmo quando mergulha em um voo veloz para realizar um ataque.
De asas longas e cauda curta, eles são ágeis, com capacidade para executar manobras radicais no ar. Os dedos são garras adequadas para não deixar as presas escaparem. Na natureza, alimentam-se de animais vivos, por conta da vocação de ave de rapina, considerada responsável pela manutenção do equilíbrio ecológico do meio em que vivem.
RAIO X
CRIAÇÃO MÍNIMA: 5 casais de espécies diferentes
CUSTO: o preço do falcão-de-coleira (Falco femoralis), um dos mais comercializados aqui, oscila entre R$ 2.000 e R$ 2.500
RETORNO: pode variar, pois o início da atividade depende de regulamentação do criadouro
REPRODUÇÃO: ocorrem duas posturas por ano com 3 a 6 ovos cada
CRIAÇÃO MÍNIMA: 5 casais de espécies diferentes
CUSTO: o preço do falcão-de-coleira (Falco femoralis), um dos mais comercializados aqui, oscila entre R$ 2.000 e R$ 2.500
RETORNO: pode variar, pois o início da atividade depende de regulamentação do criadouro
REPRODUÇÃO: ocorrem duas posturas por ano com 3 a 6 ovos cada
MÃOS À OBRA
INÍCIO - Falcões podem ser comprados em criadouros que tenham documentação regularizada, que também tem de ser providenciada pelo novo criador. O estabelecimento deve possuir autorização do Ibama. Além disso, somente se tiver permissão específica do órgão do governo, um profissional da atividade poderá realizar o treino das aves envolvendo perseguição de animais silvestres. A recomendação é começar com exemplares de variadas espécies, para oferecer um leque grande de opções para o mercado.
AMBIENTE - Após um período de adaptação, os falcões podem conviver em locais que tenham movimento, desde que não seja em excesso, mas é importante que o abrigo esteja localizado em local escuro e silencioso, para as aves descansarem. Para a realização dos voos, têm preferência por áreas abertas e regiões de montanhas. Os falcões não gostam de condições climáticas extremas, por isso necessitam de proteção em regiões ou períodos de altas ou baixas temperaturas.
INSTALAÇÕES VIVEIROS - feitos de madeira e telas de arame são apropriados para acomodar falcões. O tamanho depende da quantidade de aves e das espécies na criação, mas não necessita de muito espaço. Coloque dentro do viveiro poleiros de aproximadamente 2 m por 2 m, para conforto dos falcões. O diâmetro do poleiro também deve ser adequado para as espécies criadas. As diversas medidas da instalação podem ser obtidas com um criador experiente.
EQUIPAMENTOS - No caso de o criador também ser treinador dos voos, são necessários alguns acessórios. Eles ficam mais dóceis com os olhos cobertos, e recomenda-se o uso de capuz durante o deslocamento até o local do treino. Objetos que se assemelham às presas condicionam os falcões e podem ser adquiridos em lojas de produtos agropecuários. Para se comunicar com a ave, utilize um apito. Há ainda como localizar a criação a uma distância de dez quilômetros por meio de um receptor em conexão com um transmissor colocado no animal.
ALIMENTAÇÃO - Codornas e camundongos são a base da alimentação. Antes de serem servidos, os pequenos animais devem ser sacrificados de forma rápida e indolor. As refeições podem ser complementadas com pedaços de carne bovina e de frango. Também reforce a dieta fornecendo aminoácidos, vitaminas, minerais e substâncias nutritivas.
REPRODUÇÃO - Ovíparos, os falcões precisam de um ninho para chocar os ovos. O acasalamento ocorre, em geral, a partir dos dois anos. Espécies fáceis de reproduzir, como a Falco sparverius, podem procriar com um ano de idade. Embora variem entre os falcões, em geral, ocorrem duas posturas ao ano, com cerca de três a seis ovos cada uma. Os primeiros alimentos para os filhotes são fornecidos diretamente pela mãe, mas o macho colabora na busca pela comida.
INÍCIO - Falcões podem ser comprados em criadouros que tenham documentação regularizada, que também tem de ser providenciada pelo novo criador. O estabelecimento deve possuir autorização do Ibama. Além disso, somente se tiver permissão específica do órgão do governo, um profissional da atividade poderá realizar o treino das aves envolvendo perseguição de animais silvestres. A recomendação é começar com exemplares de variadas espécies, para oferecer um leque grande de opções para o mercado.
AMBIENTE - Após um período de adaptação, os falcões podem conviver em locais que tenham movimento, desde que não seja em excesso, mas é importante que o abrigo esteja localizado em local escuro e silencioso, para as aves descansarem. Para a realização dos voos, têm preferência por áreas abertas e regiões de montanhas. Os falcões não gostam de condições climáticas extremas, por isso necessitam de proteção em regiões ou períodos de altas ou baixas temperaturas.
INSTALAÇÕES VIVEIROS - feitos de madeira e telas de arame são apropriados para acomodar falcões. O tamanho depende da quantidade de aves e das espécies na criação, mas não necessita de muito espaço. Coloque dentro do viveiro poleiros de aproximadamente 2 m por 2 m, para conforto dos falcões. O diâmetro do poleiro também deve ser adequado para as espécies criadas. As diversas medidas da instalação podem ser obtidas com um criador experiente.
EQUIPAMENTOS - No caso de o criador também ser treinador dos voos, são necessários alguns acessórios. Eles ficam mais dóceis com os olhos cobertos, e recomenda-se o uso de capuz durante o deslocamento até o local do treino. Objetos que se assemelham às presas condicionam os falcões e podem ser adquiridos em lojas de produtos agropecuários. Para se comunicar com a ave, utilize um apito. Há ainda como localizar a criação a uma distância de dez quilômetros por meio de um receptor em conexão com um transmissor colocado no animal.
ALIMENTAÇÃO - Codornas e camundongos são a base da alimentação. Antes de serem servidos, os pequenos animais devem ser sacrificados de forma rápida e indolor. As refeições podem ser complementadas com pedaços de carne bovina e de frango. Também reforce a dieta fornecendo aminoácidos, vitaminas, minerais e substâncias nutritivas.
REPRODUÇÃO - Ovíparos, os falcões precisam de um ninho para chocar os ovos. O acasalamento ocorre, em geral, a partir dos dois anos. Espécies fáceis de reproduzir, como a Falco sparverius, podem procriar com um ano de idade. Embora variem entre os falcões, em geral, ocorrem duas posturas ao ano, com cerca de três a seis ovos cada uma. Os primeiros alimentos para os filhotes são fornecidos diretamente pela mãe, mas o macho colabora na busca pela comida.
*Milton Mello é diretor técnico da ABFPAR (Associação Brasileira de Falcoeiros e Preservação de Aves de Rapina), Estrada Francisco da Cruz Nunes, 10.868, Itaipu, Niterói (RJ), CEP 24340-000, tel. (22) 9888-6995, milton@raptorcontroleambiental.com.br
Onde adquirir: Criadouro Enfalco, tel. (34) 3225-1613, enfalco@yahoo.com.br; e Criadouro Fukui, tel. (21) 8341-5123, fukui@gbl.com.br
Mais informações: para orientações sobre autorização de criação de animais exóticos e silvestres, entrar em contato com a Divisão de Fauna da superintendência mais próxima. O número para contato pode ser encontrado em http://www.ibama.gov.br/institucional/ibama-nos-estados
Onde adquirir: Criadouro Enfalco, tel. (34) 3225-1613, enfalco@yahoo.com.br; e Criadouro Fukui, tel. (21) 8341-5123, fukui@gbl.com.br
Mais informações: para orientações sobre autorização de criação de animais exóticos e silvestres, entrar em contato com a Divisão de Fauna da superintendência mais próxima. O número para contato pode ser encontrado em http://www.ibama.gov.br/institucional/ibama-nos-estados
Fonte: revistagloborural"